Sábado, Abril 20 2024

A Quercus de Castelo Branco alertou hoje para o aumento da presença da vespa asiática no distrito e chamou a atenção para a necessidade de uma correta identificação e alerta às autoridades.

A vespa asiática é uma espécie não indígena, predadora da abelha europeia.

Os principais efeitos da presença desta espécie invasora manifestam-se em várias vertentes, sendo de realçar o impacto na apicultura por se tratar de uma espécie carnívora e predadora das abelhas.

A vespa asiática levanta ainda problemas para a segurança pública, já que, apesar de não ser mais agressiva do que a espécie europeia, no caso de sentir os ninhos ameaçados reage de modo bastante agressivo, incluindo perseguições até algumas centenas de metros.

À Lusa, Samuel Infante, da Quercus, explicou que a vespa asiática está em expansão no distrito de castelo Branco, sobretudo nos concelhos da Sertã e de Proença-a-Nova, sendo que já foram ali registados “centenas de avistamentos e dezenas de ninhos”.

“Temos a noção de que a informação [no site stopvespa.icnf.pt] não está atualizada, mas é importante que as pessoas o façam para que as autoridades possam atuar”, sublinhou.

Sendo uma espécie não indígena, é predadora natural das abelhas e outros insetos, o que pode eventualmente originar a médio prazo impactos significativos na biodiversidade, em particular nas espécies de vespas nativas e nas populações de outros insetos.

“Os receios e as medidas de controlo destinados à vespa asiática tem levado a que muitas vezes a vespa crabro e os seus ninhos sejam destruídos. A vespa crabro é uma espécie nativa e que pode constituir até muitas vezes a última linha de luta contra a vespa asiática. A vespa crabro tem um papel ecológico importante”, lê-se na nota.

Os ambientalistas explicam que a deteção ou a suspeita de existência de ninho ou de exemplares de vespa velutina deverá ser comunicada ás autoridades através da inserção/georreferenciação ‘online’ do ninho ou dos exemplares de vespa e preenchimento ‘online’ de um formulário com informação sobre os mesmos, disponível em stopvespa.icnf.pt ou contactar a linha “SOS AMBIENTE” através do número 808 200 520.

“Deverá, sempre que possível, ser anexada fotografia da vespa ou do ninho, para possibilitar a sua identificação”, explica a Quercus.

Fonte: Green Savers com Lusa

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